quarta-feira, 13 de abril de 2016

Irmãos faturam R$ 3,2 mi apostando na velha lista telefônica impressa


Os irmãos Karine e Edney Prigol compraram a Disk Fácil do ex-patrão há 11 anos
Na era da Internet, em que as informações estão a alguns cliques de distância, a empresa Disk Fácil fatura com um produto que pouco a pouco cai em desuso: as listas telefônicas impressas. Em 2015, o faturamento foi de R$ 3,2 milhões, segundo o sócio Edney Marcos Prigol, 39, que não divulgou seu lucro.

Prigol comprou a empresa do antigo patrão, há 11 anos, junto com a irmã, a administradora Karine Prigol Orso, por R$ 300 mil. "Nós dois éramos funcionários e compramos por acreditar no modelo de negócio e pela vontade de implementar inovações que fizessem a empresa crescer", afirma.

Para conseguir o capital, ele vendeu os equipamentos de uma banda musical que tinha, uma casa e um carro. Uma das inovações logo incorporada foi a adesão ao sistema franquias, em 2012. O investimento inicial para uma unidade é a partir de R$ 35,4 mil, com custos de instalação, taxa de franquia e capital de giro.
Franquia fatura de R$ 25 mil a R$ 55 mil ao mês

O faturamento mensal vai de R$ 25 mil a R$ 55 mil. O lucro não foi divulgado. O retorno do investimento se dá a partir de 12 meses, segundo a empresa.

"Resolvemos franquear pela dificuldade de manter uma equipe comercial viajando em busca de clientes e pela necessidade de alguém com conhecimento e relacionamento local", afirma o empresário. Foco em cidades pequenas

O negócio funciona em cidades pequenas, principalmente aquelas com até 100 mil habitantes, de acordo com o empresário. "No interior, as pessoas têm afinidade com a lista telefônica impressa. É quase uma agenda pessoal", diz Prigol.

A Disk Fácil foi fundada em 1996, em São Miguel do Oeste (SC). Hoje, atua em 254 cidades do Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Rondônia. Possui seis franquias e a meta é abrir mais dez unidades até o final de 2016.

O franqueado atua como representante comercial, buscando anunciantes as listas impressas, que são distribuídas gratuitamente em comércios e em residências. Os anúncios custam de R$ 350 a R$ 25 mil. A franqueadora é responsável pelo banco de dados telefônicos, conferência dos números e estruturação dos anúncios. 

Diversificar serviços para não morrer.Em 2006, a empresa lançou um site de consulta de telefones de todo o país, para integrar as regiões que não são atendidas pela lista impressa, e onde também são veiculados anúncios, com planos que variam de R$ 230 a R$ 2.400 mensais.

Além disso, em 2015, passou a oferecer outros serviços, como o envio de SMS e Whatsapp promocionais, campanhas de divulgação em sites de busca e administração de páginas de redes sociais de clientes (com preços sob consulta). No entanto, 80% do faturamento ainda vêm das listas impressas, de acordo com Prigol.

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